Quem nunca com o Roupa Nova

Roupa Nova

Com a morte do Paulinho, me lembrei que foi do Roupa Nova o 1º show a que assisti na vida, no ginásio de Grajaú Country Club, no Rio, em 1982, quando a música Clarear tocava de 30 em 30 segundos nas rádios.

Anos depois, já jornalista, entrevistei todos eles na passagem de som de um show que fariam no Canecão.

A simpatia da banda era equivalenrte à facilidade que tinham pra emplacar sucessos.

Nunca tive um CD dos caras, a banda sempre passou longe de ser das minhas preferidas.

Mas certamente não há nesse país quem tenha entre 40 e 60 anos que não tenha tido algum tipo de ligação com o Roupa Nova.

Como os anjos devem estar agora

Leila Richers

Recebi por um dos grupos de zap a notícia de que Leila Richers morreu.

Para quem não lembra ou não sabe de quem se trata porque não viveu a época, Leila era apresentadora de telejornais da TV Manchete, certamente a emissora que levou ao ar a melhor programação da TV brasileira até hoje.

Ela apresentava precisamente o telejornal que ia ao ar no final da noite, início da madrugada.

Leila Richers não era só linda, era também uma ótima apresentadora, com entonação adequada, de acordo com o que a notícia do momento pedia.

Portanto, não era sua beleza que a sustentava no vídeo.

Na época eu era estagiário da Rádio Manchete, cuja redação e estúdios ficavam no 9º andar do célebre prédio da Rua do Russel, entre Glória e Catete, no Rio, de frente para o Pão de Açúcar e a Baía de Guanabara (Meu Deus! Tudo era lindo na Manchete).

Eu trabalhava à noite e uma das minhas tarefas era pegar telex (e isso confirma o tanto de tempo que faz) das agências de notícias.

As máquinas de telex ficavam na redação da TV, no 4º andar, e eu queria descer lá toda hora para ter a sorte de dar de cara com Leila Richers no elevador ou na redação.

Quando isso acontecia, e não era muito difícil acontecer, eu voltava de queixo caído: “Pô, cara, vi a Leila lá embaixo…”, comentava com os colegas, a baba descendo pelo queixo.

Há muito tempo não ouvia falar de Leila Richers, e quando li a notícia da sua morte, veio-me à cabeça sua imagem passando por mim, educada, sem logicamente se dar conta da minha existência.

Veio à minha cabeça também meu queixo caído.

Que é como os anjos devem estar agora.

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