Ao contrário de muitos conhecidos meus, não tenho qualquer segurança para erguer o braço e gritar “Lula é inocente!”.
Da mesma forma, estou longe da convicção de que o processo caminhou com o rigor jurídico necessário, elemento básico para que a Justiça seja feita.
Muita coisa me deixa confuso, desde a ausência do batom na cueca (chamado de prova cabal no juridiquês) no processo até o espetaculoso power point do promotor.
Na reta final, no Supremo, o ministro que era a favor vira contra; a ministra que era contra vira a favor.
E, por último, o juiz decreta a prisão mais rápido do que em qualquer outra situação da lava-jato.
Parabéns aos que possuem convicção nesta hora.
Minha única certeza é de que nunca senti nesse país um clima tão pesado e desfavorável à liberdade como agora.