A falsa civilidade do trânsito de Brasília

abbey-road-2

Hoje de manhã avancei um sinal de pedestres e fui repreendido com um gesto por um motorista que estava na pista contrária.

Penso que mesmo o respeito às leis podem e devem passar pela racionalidade.

Eram 7h e não havia sequer sombra de alguém para atravessar.

Confirmei olhando para os dois lados, mais de uma vez. Nem o vento gelado dos últimos dias passava na rua.

Cansei da falsa civilidade do trânsito de Brasília, sustentada em muitos casos por um certo tipo de motorista mais preocupado em parecer do que ser respeitoso.

Meu gesto, tenho absoluta certeza, não pôs em risco a segurança de ninguém, ao contrário de dirigir falando ao celular, e, pior ainda, digitando mensagens no smartphone, transgressões cada dia mais observadas nas avenidas e eixos que desenham a capital do país.

Não é difícil apostar que uma parte considerável de quem fica parado num sinal de pedestres domingo bem cedo (sim, existe) pagando de motorista zeloso, não se furta a atender o celular mesmo numa curva ou a responder o uatizáp ainda que numa via cuja velocidade é 80 km.

A estes, somam-se os que andam pela esquerda sem dar passagem e os que não conhecem, quando ao volante, a palavra gentileza. Fora os que desconsideram a existência da seta.

Cariocas não gostam de sinal fechado, mas não é o caso de fazer jus à fama, e sim de usar o bom senso.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Rolar para cima