A ganância explicada pelo cinema

Eu, Daniel Blake

É provável que quem não viu não consiga mais assistir a Eu, Daniel Blake, Palma de Ouro em Cannes, em 2016. Até semana passada ele andou em um ou outro cinema escondido aqui ou ali. Hoje procurei na programação aqui em Brasília, mas já não encontrei.

É pouco provável também que o NetFlix vá exibir. Em todo o caso, vamos torcer para que algum distraído funcionário da programação do canal não perceba que o filme é uma porrada no sistema no qual o NetFlix tá grudadinho.

A história se passa na Inglaterra e é sobre dois desempregados: um viúvo e uma mãe solteira, com dois filhos. Não pensem em filme de amor, porque de cor de rosa não há nada.

Eu, Daniel Blake mostra na tela a crueldade com que o mercado financeiro age na Europa. Em outras palavras, é a versão “quer que eu desenhe?” do que os banqueiros impuseram, nos últimos anos, aos trabalhadores do velho mundo via governos liberais e servos do mercado.

Te é familiar essa situação? Pois é, nada de diferente do que sempre fizeram no terceiro mundo.

Em nome das tais contas públicas, a burocracia estúpida do estado mata os mais necessitados a mando do mercado financeiro.

No caso do filme, mata ou manda para a prostituição.

Porque o importante é o lucro dos bancos, batizado pelos noticiários de equilíbrio fiscal.

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