Aborto: lei ou consciência?

Vários grupos religiosos estão neste momento fazendo uma passeata na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, contra a legalização do aborto.

Interromper uma gravidez talvez seja assunto muito mais passível de ser regido pela consciência do que pela lei.

Quem é contra o aborto continuará sendo, seja ele descriminalizado ou não, e não o fará – ao menos em tese – mesmo que não haja punição.

Da mesma forma, quem é a favor manterá a postura, mesmo que a lei continue proibindo a prática fora dos casos que ela mesmo permite.

Em que pese o direito de manifestação, penso que os religiosos gastam muita energia com algo que transcende o mundo jurídico, que passa bem mais pelo foro íntimo, por uma decisão que deve ser cruel de ser tomada.

Que tal se os religiosos ocupassem ruas e avenidas do país gritando contra práticas que realmente precisam da mão dura da lei, tais como a corrupção, o racismo, a discriminação ou a pedofilia e a prostituição infantil?

Em tempo: sou contra o aborto.

1 comentário em “Aborto: lei ou consciência?”

  1. Denise Giusti

    Muito bom esse texto. Me leva à reflexão e achar sua posição correta. Parabéns!

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