Independentemente de culpa ou inocência, Lula foi o melhor presidente que vi governar esse país ao longo dos meus 50 mil Km rodados.
Dane-se se surfou na onda de comodities ou sei lá mais que outro termo de economês afetado.
Não há como uma sentença, justa ou injusta, mudar o passado.
Fez menos do que queríamos, do que dizia que faria e do que precisávamos.
Mas fez mais do que os outros, principalmente por quem precisava muito e vivia com menos do que migalhas.
Mudou, perante o mundo, a imagem de cachorro sarnento que o Brasil sempre teve, e que voltou a ter.
Por isso, sua prisão tem duas pontas, as duas, de tristeza.
Se há culpa, é a maior desilusão da vida política nacional.
Se não há, é desanimador comprovar que a nossa não democracia continua se vestindo de várias formas, inclusive com a toga da legalidade.