A responsabilidade de quem tem filho homem
O combate à violência e ao desrespeito contra a mulher pode começar nas casas de quem tem filho homem pequeno.
Um simples “em menina não se bate” dito desde que o garotinho comece a se entender como gente pode formar um adulto ciente desse respeito que é mote de homenagem em oito de março, mas que tanto falta nos outros dias do ano.
No bojo, terá que vir, certamente, a cultura de que mulher não é objeto, de que mulher não nasceu para usufruto do prazer masculino e nem para dar conta sozinha das tarefas domésticas.
Aliás, que tal, desde pequenino, colocar seu mocinho para pôr/tirar a mesa e ajudar a lavar os pratos?
E por aí vai.
Artur do Val, o tal do Mamãe Falei (sugiro que mude para Mamãe Falei Merda), certamente nunca escutou em casa um “e se fosse com a sua mãe? E se fosse com a sua irmã?”
Machismo, misoginia e discriminação são fatores culturais, e entendo a família como a fonte primária de formação da cultura, ou, de modo mais direto, onde se pode e deve cortar o mal pela raíz.
Se você tem filho homem, pense no que tem feito para que oito de março não seja apenas um dia de florzinhas e bombons fofos.