Dica

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Comprei por uns R$ 12 na Livraria Saraiva e estou me acabando de rir. A edição é da própria livraria.

Congresso conservador? Qual a novidade?

Fonte: www.cartacapital.com.br
Fonte: www.cartacapital.com.br

Está com razão quem diz que este Congresso é o mais conservador dos últimos tempos e que soma o maior número de mentes retrógradas das últimas legislaturas.

Mas acho equivocado pensar e dizer que com isso um país que havia se tornado progressista de dez, 15 anos para cá, recuou no que avançou em visão de sociedade e, com passos para trás, volta ao encontro do anacronismo.

O Brasil sempre foi assim, assim como o Congresso atual, que é capitaneado por cabeças medievais e dirigido por pessoas que nada mais são que a repaginação dos bispos da inquisição.

O Brasil, de verdade, sempre foi o de conceitos postos por Gilberto Freire em Casa Grande e Senzala: branca pra casar, preta pra trabalhar e mulata pra foder.

Seu sentimento sempre foi o do “só podia ser crioulo” e do “esses paraíbas tinham é que voltar pra terra deles e sair do Rio de Janeiro”.

O que aconteceu é que nos anos 2 mil as cabeças progressistas tomaram o poder (no voto)e tivemos a impressão de que o brasileiro estava se tornando um povo pela igualdade de raças, pela valorização da mulher e tantas outras bandeiras de mesma cor.

O problema é que muitos que sentiram o gosto do poder nos últimos anos se deixaram levar pelo canto da sereia que o próprio jogo do poder carrega de forma intrínseca. E nesse rastro vieram a corrupção, a politicagem, a venda de ideais. O descrédito.

Aí, então, o verdadeiro Brasil, muy bem representado pela versão 2015 do Congresso Nacional, mostrou que nunca saiu de cena, que sempre esteve aí. E que agora voltou a dar as cartas.

Sem chance

Ele estava achando-a interessante, envolvente com seus olhos negros e profundos e os cabelos também muito escuros, a todo momento caindo delicadamente nos olhos. Mas aí ela disse que esse país precisava era de mais uns cinco Bolsonaros…

O Grito - Edvard Munch
O Grito – Edvard Munch

A lembrança sacana de Fixação

Estava num café esta tarde, pensando em nada, quando no shopping começou a tocar essa música, um dos primeiros sucessos do Kid Abelha, e que, como todas as músicas da banda, tem uma melodia barata, que pega fácil e não larga, mesmo que passem os anos, embora eu reconheça sem qualquer problema que gosto de muitas coisas que Paula Toller & Cia. fizeram nesses trinta e tantos anos.

A música me fez cavar na memória uma das mais divertidas lembranças daquele esmaecido 1984. Nos bailes de clubes da zona norte do Rio, em especial Mackenzie, no Meier, e América e Tijuca Tênis, na Tijuca, um dos momentos mais esperados era o refrão desse hit do Kid Abelha. Assim que Paula Toller cantava a palavra Fixação, o sujeito que hoje se chama DJ tirava o som das caixas e o que se ouvia apenas era um corinho infame, entoado basicamente pelos rapazes, e que, a partir do som da última sílaba da palavra que dá nome à música nos permite imaginar a frase que substituía o verso original da letra.

Ri sozinho, e baixinho baixinho, cantei só pra mim a versão indecente da canção.

Pra quem adora histórias dessa época, isso mostra o quanto éramos divertidamente pornográficos nos anos 80.

Ora, de quem é a tarefa?

Foto: Globo/Estevam Avellar
Foto: Globo/Estevam Avellar

A cunhada do primo de um conhecido do vizinho de um ex-colega de trabalho ainda está horrorizada com a cena das duas atrizes famosas se beijando na novela da noite. Ela diz que não sabe aonde esse mundo vai chegar e que a pureza das nossas crianças está sendo contaminada por todo esse lixo que a televisão coloca todos os dias na casa da gente.

Embora a mídia seja responsável socialmente por aquilo que veicula, acho que é o caso de lembrar a esta senhora, e a tantas outras mamães e papais escandalizados com o beijo gay, que a TV foi inventada para exibir programas.

Escolher o que as crianças devem ou não assistir é tarefa deles, mães e pais, que puseram filhos no mundo. Televisão não tem filho pra educar, embora tenha esse dever perante a sociedade.

Que tal desligar a televisão e navegar junto com a criança pelo delicioso mar da leitura?

Ou então simplesmente pôr para dormir que amanhã tem que acordar cedo pra escola e isso não são horas de criança estar acordada.

Ah, é porque dá mais trabalho do que deixar vendo TV, né?

Pois é…

Poesia na calçada (1a. edição)

A poesia contra ataca outra vez a caretice que assola Brasília e o Brasil. Foi ótima a primeira edição do Calçada da Poesia. Bradamos nossos poemas a quem passava pela calçada do Conjunto Nacional na tarde do último sábado, dia 28 de março. Acho que libertamos algumas consciências. Estive na ótima companhia de Adeilton Lima, Conceição Ceiça Targino, Jorge Amancio, Seira Beira, João Victor Pacifico, Rêgo Júnior, Noélia Ribeiro, Claudia Rocha Guarani Kaiowá, Cumpadi Ancelmo Borges de Moura e Joãozinho da Vila Planalto. Dia 25 de abril tem mais. Até lá!

Fotos de João Victor Pacífico
Fotos de João Victor Pacífico

Poesia na calçada 2

Faxina

Eu mesmo fiz a faxina.
Não espere encontrar espetáculo, mas sim boa vontade.

Fonte: http://www.cec.com.br
Fonte: http://www.cec.com.br

A difícil tarefa masculina de fazer xixi em shopping

Penso que alguns shoppings precisam repensar a relação que possuem com os homens. Sim, gente do sexo masculino, que usa calça comprida, bermuda e short. Que faz xixi em pé.

Muitos deles (o Liberty Mall, em Brasília, é um exemplo) simplesmente não têm prateleiras junto aos mictórios – isso! Aqueles vasos brancos presos na parede, um dos ícones do universo masculino.

Talvez pensem que homens não fazem compras, que não carregam embrulhos, pacotes, bolsas. Talvez ainda pensem que apenas acompanhemos, mal humorados, nossas esposas, namoradas, filhas. Quem sabe achem que só entramos num shopping para tomar um espresso enquanto a primeira dama roda pelas lojas.

Fonte: thaisfrota.wordpress.com
Fonte: thaisfrota.wordpress.com

Mesmo que não tenhamos ido às compras (mulheres, emprestem-me a expressão, por favor), hoje em dia sempre levamos nas mãos a carteira, o Ipod, o smartphone e, no meu caso, que já fiz a revisão dos 40 mil, a caixa com os óculos pra perto.

E onde se põe toda essa tralha na hora de fazer xixi?

Imagine como é segurar embrulho, sacola, óculos com uma das mãos e com a outra abrir a braguilha e capturar, lá dentro, o instrumento.

Ainda mais quando se trata do brasileiro normal, mediano, padrão, cujo volume – não falo de eficiência – equivale apenas à compra de uma ida ocasional ao shopping, e não à lista com os presentes de natal.

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