Há exatamente dez anos eu parei de fumar.
O momento chegou a ser solene. Eram 16h30 de uma sexta-feira nublada, 13 de fevereiro de 2004. Acendi o cigarro e disse para mim mesmo em voz baixa, mas firme e decidida: “Este é o último!”.
E foi. Nunca mais fumei.
Intensificar atividades físicas, mastigar cravo e beber água todas as vezes que vinha a vontade foram um dos artifícios que utilizei para largar o fumo. O mais forte deles, no entanto, era a certeza de que cada cigarro reduzia meu tempo de vida ao lado da minha filha mais velha, à época filha única.
Nem nos primeiros dias de abstinência abri mão daquilo que chama o cigarro: vinho, cerveja, café. Imaginei que se me afastasse também, mesmo que temporariamente, desses prazeres – saudáveis em quantidade moderada–, a vontade de fumar poderia ressurgir incontrolável quando eu voltasse a virar uma taça, um copo, uma xícara. Minha nova vida, como ex-tabagista, não poderia me privar de certos sabores. Que, inclusive, ficariam mais apurados sem o cigarro.
E aproveitando que falei em prazer e sabores, talvez um caminho para combater o fumo seja o de assumir que o cigarro realmente dá prazer. Quem acha o contrário nunca foi tabagista. Só que essa consciência deve vir acompanhada da certeza de que o prazer da vida sem cigarro é infinitas vezes maior.
Concordo plenamente!!!!! Sem falar na consciencia tranquila!!