Era aquilo mesmo que se pensava

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O que me chama a atenção nesse cano estourado das delações da operação lava-jato não aparece nos jornais.

É a cara dos eleitores de Marina Silva e Aécio Neves, em 2014.

Tomem isso apenas como observação, jamais como defesa da presidente afastada, porque na verdade ninguém sabe o que ainda está por vir.

Acontece que naquela ocasião, e mesmo depois com o transcorrer do apodrecimento do governo Dilma, o discurso desses dois grupos de eleitores incluía com veemência o combate à corrupção.

Pelo que diziam, acreditavam em boa parte que seus candidatos eram honestos. Os eleitores de Marina, principalmente.

Com os nomes dos dois enchendo a boca dos delatores, os votantes, em sua maioria, fazem aquela impassível cara de paisagem.

Acossados por uma pergunta do tipo “e agora? O que você me diz?”, limitam-se a resmungar um “não tem jeito, todos eles roubam mesmo”.

Como não há mais panelas a bater nas janelas nem mar de camisetas da CBF pelas ruas, comprova-se que aquele voto “consciente” de quase dois anos atrás, e principalmente os protestos que sucederam as eleições, não eram mesmo contra a corrupção, mas sim um movimento que a elite brasileira produziu contra um governo, que embora também apodrecido, ousou estender determinados privilégios a outras camadas da população.

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