Chega uma hora em que nós não decidimos mais a vida de nossos filhos.
Geralmente é entre os dezoito e os vinte anos, quando eles entram para a universidade, que se seguiu à primeira grande decisão que tomaram: o que vão estudar para ter uma profissão, trabalhar e colocar dinheiro em casa.
É um pouco difícil se ver de mãos atadas, sem poder direcionar, como sempre foi, a moça ou o rapaz para esse ou aquele caminho.
Mas, afinal, não foi exatamente para isso que você os criou? Para que crescessem e comandassem a própria vida?
Sim, foi , exatamente para isso, mas é que finalmente você se dá conta de que está cumprida a maior, mais importante e prazerosa tarefa de sua vida: criá-los.
Você até está orgulhoso, e esse momento da constatação do voar dos filhos seria perfeito não fosse um certo vazio tomando conta do peito e um crescente sentimento de inutilidade a partir de agora.