Fuja do óbvio! Faça bem à sua inteligência e ao seu bolso

cantinhodisney.blogspot.com
cantinhodisney.blogspot.com

Acho que quase sempre ganhamos quando não optamos pelo óbvio, quando caminhamos na contramão do que o senso comum, plantado tantas vezes pela mídia, nos impõe.

Há uma semana assisti a um belíssimo espetáculo: Cora dentro de mim, com a atriz Lília Diniz e direção de Adeilton Lima. O texto é uma costura maravilhosa com os poemas de Cora Coralina, e deixa claro que a autora goiana viveu muito à frente do seu tempo e da gente que morava na sua amada Cidade de Goyaz, capital antes de Goiânia.

O preço? R$ 20. A inteira.

No mesmo dia, vi numa dessas faixas verde limão, penduradas em um viaduto, o anúncio de uma peça que, pelo nome, deveria ser um arremedo de piadas banais sobre sexo e relacionamento. Algo que, mesmo que eu não tenha visto, me pareceu ser bem próximo de lugares comuns que já estiveram nos palcos e telas do país, tais como Qualquer gato vira lata tem uma vida sexual mais sadia que a nossa e Se eu fosse você.

Não cheguei a saber o valor do ingresso, mas pelo teatro em que estava sendo exibida a peça, não deve ter ficado por menos de R$ 60.

Há duas semanas, com minhas três filhas, assisti de graça a duas apresentações integrantes do festival Espetaculim, que reúne espetáculos com motivos circenses. Com graciosidade, leveza, humor verdadeiramente engraçado e originalidade, os artistas, com aquela emoção que só os mambembes conseguem ter, levaram às minhas filhas, às outras crianças e aos adultos presentes o encanto e a pureza que o circo carrega através dos tempos.

Já neste fim de semana, atendendo à vontade das pequenas, fui ver Hotel Transilvânia 2, e me convenci de que, cada vez mais, o cinema americano infantil é uma linha de montagem, um pacote de forminhas em que se coloca o recheio da ocasião. O filme não é mau – e é difícil ser com tanto dinheiro e tecnologia -, mas exibe o mesmo e surrado repertório banal de piadas, situações, conflitos e desfecho, permeado pela costumeira lição de moral barata, e sempre superficial, do cinema americano.

E para tornar esse caramelo mais enjoativo, morri em 80 pratas, pois só havia sessão em 3D (algo que na minha irrelevante opinião nem faz taaaaaaaannnnta diferença assim).

Conclusão, fugir do óbvio não me parece melhor apenas para a cabeça, mas também para o bolso.

2 comentários em “Fuja do óbvio! Faça bem à sua inteligência e ao seu bolso”

  1. Denise Giusti

    Sim, existe muita coisa levando por um preço acessível e justo em teatro, show e cinema, muitas vezes atores e músicos são assim tão conhecidos, mas que vale muito a pena assistir.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Rolar para cima