O escritor, esse pedinte

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Amiga minha posta a capa de um livro que eu lhe indiquei, marca o autor e a mim também, mas no meu caso não lhe ocorre dizer no post que eu, além de leitor voraz que de vez em quando dá umas dicas bacaninhas de leitura, também sou escritor.

Não sei se vocês entendem, mas é como se ela tivesse a chance de dar uma esmola, R$ 1 que fosse, mas deixasse passar a oportunidade de contribuir para que o pedinte tomasse ao menos um café com leite na padaria mais próxima.

Claro, ela não fez por mal, apenas esqueceu que tinha uma moeda no bolso.

É porque nós, escritores, somos verdadeiros mendigos pedindo a esmola de sermos conhecidos pelos leitores.

Assim feito médicos, advogados, pedreiros, somos milhões trabalhando e querendo que nosso trabalho seja conhecido e reconhecido (pelo menos conhecido), e toda janela é válida para pormos o focinho pra fora e mostrarmos nossa cara.

Quando você fala de um conhecido seu que é escritor, se puder dizer que ele é um escritor, estará fazendo, mesmo sem saber ou acreditar, um grande favor a ele.

Vai que a sua referência desperta a curiosidade de algum “amigo” seu que também tenha essa estranha mania de querer saber novidades desse mundo superpopuloso de autores e livros.

Se uma palavra sua fizer com que ele ganhe um leitor, acredite, você estará fazendo com que ele tome bem mais do que uma xícara de café com leite.

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