Paz na Terra aos homens (e mulheres) de boa vontade

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Conheço-a há três dias. É copeira no lugar em que estou trabalhando no momento.

A alegria e o amor com que exerce seu ofício triplica a vontade de tomar café.

Sem nem saber ao certo seu nome, já tenho nessa mulher, uns 20 anos mais velha do que eu, simples exemplo para quem todos os dias precisa sair de casa e ganhar o pão de cada dia.

Quanto doutor empoado e quanta executiva estressada, espinafrando o primeiro que aparece, poderiam sentar, olhar o seu sorriso, ouvir seu bom dia afetuoso e aprender um pouco com essa mulher, que em cujas mãos é possível notar uma pele grossa com sinais das batalhas da vida.

E para não dizer que sou perseguidor das elites, lá vai: quanta copeira poderia imitá-la no modo de servir café e água.

Entre uma xícara e outra que me entrega e depois recolhe, me chama de meu filho. “Meu filho, você já almoçou?”, me perguntou agora há pouco, quando cruzou comigo pelos corredores. E já voltou avisando que tá saindo café fresco, “não demoro a trazer, meu filho”.

Foi lá na copa verificar a quantas anda a água na chaleira, sem imaginar o quanto de alento me oferece ao me tratar desse jeito, justo na semana do dia das mães e após quase 12 anos de orfandade.

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