Combinemos: o problema é (só) a internet

Aguardando que minhas roupas lavadas sejam entregues, assisto na lavanderia durante uns cinco minutos a uma reportagem no telejornal local da TV Record, o que vai ao ar pela manhã, sobre duas alunas de uma escola de ensino médio do DF que foram filmadas brigando da saída da escola.

As imagens amadoras mostram um UFC feminino, versão Faroeste Caboclo.

Quando cheguei, as imagens estavam no ar. Quando saí, elas permaneciam na tela, se repetindo, indo e voltando ao início do vídeo.

Uma das meninas aplica golpes de artes marciais. A outra revida sem tanta técnica, mas com igual brutalidade.

Não há a menor inciativa por parte de quem filma de apartar a briga. O objetivo é claro: filmar as duas garotas se matarem – de preferência – e postar na internet para conseguir o número máximo de acessos possíveis.

E é justamente essa exposição das imagens na rede que recebe duras críticas do âncora ou de alguém que o acompanha na transmissão do telejornal.

‘Absurdo’ foi somente uma das palavras usadas para classificar a veiculação das imagens nas redes sociais. O compartilhamento dessas imagens na grande rede também foi duramente atacado da bancada do programa.

Claro, claro. O grande problema está na internet, pois, como se sabe, neste país  quase ninguém assiste a TV.

Meninas brigando

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