Leio em algum site de notícias que estão fazendo um filme sobre Suzane Von Richthofen, aquela que matou a família e foi ao cinema, só que na vida real.
Na verdade são dois filmes, sendo que um deles traz a versão do irmão sobre um dos maiores dramas familiares a que o Brasil assistiu.
Respeitados os devidos limites legais, cada um faz filme sobre o que quiser, e cada um assiste aos filmes que bem desejar.
Mas penso cá comigo que há outros brasileiros que se a vida fosse parar na telona seria de muito mais utilidade para a sociedade.
O interesse científico em se entender a mente ardilosa de alguém que engendra um plano para matar os pais certamente se satisfaz e se completa com o estudo acadêmico, dentro das universidades.
É pouco provável que o cinema traga à luz algum esclarecimento inédito da ciência, nos levando à conclusão de que o objetivo ao mostrar a vida de Suzane deve ser unicamente estourar as bilheterias, menosprezando a função social que o cinema, como arte, deve ter.
Para melhorar um país perdido no presente, de futuro incerto e ignorância aguda sobre seu passado não precisamos de um filme sobre uma psicopata.