Que triste, Wolinsky! A estupidez continua

Foto: Alexander Klein/AFP
Foto: Alexander Klein/AFP

Leio no portal G1 que o francês de origem tunisiana Georges Wolinski foi um dos mais importantes cartunistas do século 20.

Nos traços de gente como Jaguar e Ziraldo, segundo a turma do desenho, encontramos a influência de Wolinski, morto hoje em Paris, no atentado à redação da revista Charlie Hebdo.

Mas de acordo com as outras informações, a atuação do cartunista não se limitou a se debruçar na prancha sobre uma folha em branco com um lápis ou lapiseira na mão. Foi também um dos mais importantes ativistas do lendário maio de 68, quando estudantes tomaram a cidade luz protestando e pedindo reformas na educação.

Ora, se partirmos do princípio de que o conhecimento liberta, lutar por melhorias na educação é, em última instância, lutar também pela liberdade, e isso, diga-se de passagem, fazia-se e muito em maio de 68, inclusive no Brasil.

E essa palavra – liberdade – permanece incomodando muita gente no mundo inteiro, e sem querer ser repetitivo, inclusive no Brasil.

É bem mais triste que irônico o fato de que Wolinski foi provavelmente vítima da estupidez dos que, como há quase 47 anos, continuam sem aceitar o direito que o semelhante possui de dizer o que pensa e o que sente.

 

 

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