Quero poder escolher não escolher

Caso ocorra realmente o plebiscito sobre a reforma política, a pergunta mais importante, a que mais quero responder é: você é contra ou a favor do voto facultativo?

Responderei, sem qualquer sombra de dúvida, um clamoroso “a favor”.

Escolher não querer escolher é um direito de qualquer pessoa, e por isso mesmo já é, pra começo de conversa, um princípio democrático.

Se não gosto de José nem de João nem de Chico, por que terei que aceitar que um deles deverá me representar? Pela pobreza do critério do “menos pior”? Há situações na vida em que simplesmente não há o “menos pior”, mas sim equivalência de ruindades.

O que você faria se precisasse escolher entre Jair Bolsonaro e Marcos Feliciano? O voto facultativo o livraria do sacrifício de precisar ir à urna anular seu voto.

É provável que o voto facultativo não seja posto em consulta. É algo que não interessa aos políticos, pois com a população desobrigada a votar, terá que melhorar, e muito, a qualidade dos candidatos, pois o voto terá força pelo convencimento e não pela imposição.

Quero poder, num dia de eleição, não perder meu tempo se nenhum candidato conquistou a certeza do meu voto.

Se quiser viajar, viajo, vou para a praia, me enfio no meio do mato.

Mas também o farei com outra certeza: a de que não poderei reclamar depois.

3 comentários em “Quero poder escolher não escolher”

  1. angela giorgio

    Deveria ser a primeira pergunta em se tratando d uma democracia… Sou a favor!

  2. MARCOS OLIVEIRA

    O voto facultativo seria a verdadeira democracia. Também sou a favor.

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