O Sérgio Augusto Novaes Cabral postou o link da gravação ao vivo dessa música aí debaixo.
O meu link é a versão de estúdio.
Certamente é o maior hit do Foreigner, uma banda meio farofa meio sessão da tarde (é só reparar no vídeo, que está a uma passo da cafonice).
E eu não tô nem aí, porque me amarro no Foreigner e essa é, em minha opinião, uma das canções mais lindas de minha geração e de toda a história da música pop.
E torna-se mais bela pela lembrança que me traz.
É que a 1ª vez que a ouvi foi em uma baita festa pra lá da Curicica, um lugar no Rio que à época era provável que fosse demarcado pela Funai, mas que hoje deve estar coalhado de condomínios e shoppings com estátua da liberdade na entrada.
Não conhecia a dona da festa, fui arrastado por um camarada da escola, que tinha um fusca azul com um siri enfeitando a alavanca de câmbio.
Eu ainda não tinha idade para dirigir.
Mas como o fuscão azul vivia sem gasolina e a gente sem dinheiro, fomos de ônibus.
Na volta, perdemos o busum / baú e tivemos que andar durante duas horas – mato de um lado e de outro – no meio da madrugada.
Tudo isso para pegar um 2º ônibus que nos levaria até um ponto onde, então, pegaríamos um último até em casa.
Passamos mais tempo indo e voltando do que na festa.
E rimos de tudo, e nos divertimos com tudo.
E a música se tornou inesquecível, e todo aquele tempo também.
Por que a gente desaprende a relaxar quando cresce, quando vira adulto?
Não deveríamos, porque quando começamos a envelhecer, percebemos que precisamos urgentemente reaprender.