Relembrando Vinicius de Moraes

Por Alexandre Piati.*

Recentemente o nome do poeta e compostior brasileiro Vinícius de Moraes ocupou o noticiário nacional e estrangeiro por dois motivos: os trinta anos de sua morte, ocorrida em 1980 e a sua promoção post mortem a Ministro de primeira classe do Itamaraty.

Foi com emoção que o Brasil recebeu, no dia 9 de julho de 1980, a notícia da morte do poeta e compositor Vinícius de Moraes. Depois de passar a madrugada compondo músicas infantis com seu parceiro Toquinho, sentiu-se mal ao acordar pela manhã. Antes que a ambulância chegasse, morreu ao lado de sua mulher Gilsa. Estava com 66 anos de idade.

No dia 28 de junho, o presidente Lula sancionou a Lei 12.265, de 16 de junho de 2010, que promoveu post mortem o diplomata Vinicius de Moraes a Ministro de Primeira Classe da Carreira de Diplomata. Assegura-se aos atuais dependentes de Vinicius os benefícios de pensão correspondentes ao cargo para o qual se fez a promoção.Vinicius entrou para a carreira diplomática após disputadíssimo concurso, em 1943. Em 1946, serviu em Los Angeles, seu primeiro posto. Vinicius foi exonerado do Itamaraty em 1969.

Os poemas de Vinícius revelam um grande autor brasileiro

Esses dois fatos servem para relembrarmos um dos maiores poetas brasileiros do século XX. E uma das melhores formas é tomar contato com as recentes publicações da Cia das Letras que recuperaram ótimos livros de poemas de Vinícius, dono de uma obra poética consistente que ficou ofuscada para o grande público pela sua carreira de compositor de MPB.

Entre os livros que a editora lançou está o primeiro livro de poemas de Vinícius, intitulado O caminho para a distância, publicado originalmente em 1933. O livro, que, desde 33 nunca havia sido reeditado, é marcado pela intensidade dos temas, dos sentimentos e da linguagem, escrito por um poeta que – com apenas dezenove anos – surpreendeu o público e a crítica com seus dramas místicos e existenciais.

Outro título importante é Poemas esparsos, que é um volume surpreendente. Nele, força, beleza, humanidade e apuro estético – comuns a todas as obras de Vinicius de Moraes – acham-se aqui numa configuração imprevista: uma seleção de poemas inéditos, ou publicados postumamente, a que se juntaram aqueles que não foram incluídos na Nova antologia poética. O volume cobre um vasto período da produção do poeta: do início dos anos 30 a meados dos 70. Este volume reúne dois altos momentos da obra de Vinicius de Moraes. Poemas, sonetos e baladas, publicado em São Paulo em 1946, é provavelmente o mais importante e o mais belo livro do poeta.

Por fim, vale lembrar o relançamento de Poemas, sonetos e baladas, publicado em São Paulo em 1946, e que é provavelmente o mais importante e o mais belo livro do poeta. A primeira edição foi de apenas 372 exemplares, todos assinados pelo autor. Nesse livro estão textos antológicos como “Soneto de fidelidade”, “Soneto do maior amor”, “Balada do Mangue”, “Balada das meninas de bicicleta”, “Poema de Natal”, “O dia da criação” e “Soneto de separação”, entre outros.

Quem quiser conhecer mais sobre Vinícius pode acessar o site www.viniviusdemoraes.com.br, um site muito bem feito sobre a obra do poetinha.

Não perca toda segunda às 16h51 e terça às 11h31 o bate-papo literário comigo e com Alexandre Pilati na BandNews FM 90,5, Brasília.

1 comentário em “Relembrando Vinicius de Moraes”

  1. Pena Rio não tenhamos aqui na BandNews uma riqueza desta.
    Parabéns ao André pelo bate e ao Pilati pelo papo.

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