Salve a Seleção!

Acho que ainda dá para escrever sobre a Seleção Brasileira. O oba oba por uma vitória como a de ontem dura até o fim da segunda feira.

1)Há um aspecto nessa seleção  que me chamou a atenção durante a Copa das Confederações e que me conquistou, me fez torcer verdadeiramente por ela ontem. É uma seleção de garotos simples, sem estrelismos, unidos em torno de um objetivo. Ali parece não haver aquela coisa de um querer ser mais do que o outro. O próprio Neymar, cuja postura me incomoda muitas vezes, estava humilde, sem posar de astro. No caso dele, a bola baixa fora de campo cresceu dentro das quatro linhas.

2)Não sei se é desmerecer a vitória ou cautela necessária, mas em excesso. Há gente falando que Copa das Confederações não é a Copa do Mundo – e não é mesmo – e que nem Alemanha nem Argentina estavam. Ok. Mas estavam a Itália, o México, que para nós é carne de pescoço, e a tão falada e poderosa Espanha. Sobre esta, pode-se até pensar se levou mesmo a sério o torneio. Pela cara de paella sem tempero que fizeram ontem depois do jogo, levaram.

3)Peço perdão pela expressão, mas o Brasil pôs o pau na mesa e gritou: são cinco títulos mundiais em cima dessa camisa amarela aqui. Se vocês tocam bem a bola, a gente já faz isso há muito mais tempo.

4)A vitória de ontem não deixa der ser, embora não vá mudar a situação, um tapa na cara de quem barra nossos idosos no aeroporto e trafica nossas mulheres pobres para serem prostitutas.

5)O país não vai ser melhor se a Seleção perder, uma coisa nada tem a ver com a outra. Nos últimos 20 anos, o Brasil avançou em diversas áreas, inclusive na democracia, e foi campeão do mundo duas vezes. Dá pra ter escolas, hospitais e ônibus bons e ensacar todo mundo dentro das quatro linhas.

6)Então, vamos continuar gritando por um país melhor?

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