Tédio com T de tecnologia

Outro dia li em algum lugar uma paráfrase ao que John Lennon disse certa vez sobre os planos que fazemos: “A vida é o que te acontece enquanto você está vendo o celular”.

O avanço tecnológico já exige substituir celular por smarthphone.

Parece que quase ninguém emenda mais de cinco minutos de conversa sem que interrompa o papo para conferir as postagens dos últimos 30 segundos, ou se entrou mais alguma mensagem além daquelas que chegaram dez minutos atrás.

Na academia, malha-se conferindo a pequena tela, e todos com uma expressão absurdamente, grave, séria e concentrada, como se a Dilma estivesse pedindo conselhos sobre a economia ou a inflação. Sem falar na insanidade de se fazer o mesmo ao volante, com o carro em movimento.

Não me acho sujeito complicado de lidar, mas sofro do que chamo tédio das pessoas. Ou de um determinado tipo de pessoa.

Certa vez disse que esperava jamais precisar conversar com alguém que vá para a fila de madrugada para esperar a loja abrir e comprar o novo modelo do iphone. Felizmente, até agora não precisei.

Mas preciso – precisamos – conviver, mesmo que indiretamente, com os excessivamente conectados, os exacerbadamente tecnológicos com seus dedos ágeis e olhos vidrados numa tela touch screem.

E isso cansa um pouco.

Ou, no meu caso, dá tédio.

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