Trem noturno para Lisboa

Semanas atrás tive nas mãos um exemplar do livro do francês Pascal Mercier. Por um capricho econômico, devolvi-o à gôndola da livraria e fui embora, arrastando a sensação pesada de que deveria ter agido ao contrário.

Hoje fui assistir ao filme que tem o mesmo nome do mais novo best-seller europeu. Há pouco, li, com atraso, algumas críticas sobre a obra  estrelada por Jeremy Irons. Para os críticos, faltou vigor ao transpor para as telas o que se encontra nas páginas.

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Cá comigo, acho que o defeito é um tanto outro, e aparece somente nos 20% restantes do filme. De repente, tudo passa a acontecer um tanto rápido demais e com uma facilidade que chega a contradizer o que se passou antes na história. Fica uma sensação de que o filme já estava longo demais – e nem era o caso – e por algum motivo precisava acabar logo. Dessa forma, o que caminhava para ser muito bom, perde fôlego e consegue chegar tão somente a ser bom.

O que já significa muita coisa e não deve ser desprezado em nome de qualquer capricho, nem mesmo econômico.

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