A entrevista de uma autoridade a um portal de notícias de destaque aparece carregada de erros de concordância e pontuação.
Está disponível na versão escrita e em vídeo, no Youtube, e é isso que explica tantos deslizes na primeira opção.
É que eles, os erros, vieram da conversa gravada em vídeo, em que os ataques à forma correta de se falar o português não podem ser corrigidos posteriormente em uma edição.
Mas na transcrição para a versão escrita podem. E devem.
Só que o problema é que essa transcrição foi feita sem dúvida alguma por inteligência artificial.
E ao que parece, publicou-se claramente o que o tal chatgpt cuspiu ao partir da conversa entre entrevistador e entrevistado, e não se tomou o cuidado de ao menos se dar uma rápida olhadela que fosse.
Certamente a IA nos ajuda, e muito, mas acho que não nos isenta totalmente do trabalho.
Quando conto, alguém, defensor / adorador da tecnologia, explica com ênfase que o chatgpt poderia ter corrigido os erros.
Não sei, não discuto, nada entendo de IA (e muitas vezes me falta a natural), mas se isso realmente é possível, acho que prevaleceram, neste caso, a preguiça e o desleixo naturais, que, pressinto, ganham bastante musculatura nesses tempos de facilidades oferecidas pela tecnologia.