Um país que se autoexplica

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A foto é de uma loja do Pier 21, shopping center à beira do Lago Paranoá, em Brasília.

Exatamente aí funcionava até um ano atrás a Livraria Leitura.

Comprei muitos livros aí, inclusive para minhas filhas, e também CDs, no tempo em que se compravam CDs.

Agora, em vez de livros, o que se vende são aqueles enfeites de Natal cafonas, bonecas e bonecos vestidos de lã ou casinhas com telhados cheios de neve, remetendo a uma comemoração que nada tem a ver com a nossa, de país tropical no início do verão.

Menos mal que o nome da loja é em português, não completaram a cafonice chamando de Christmas Dream.

Em todo o caso, um lugar que era livraria virar loja de enfeite de Natal explica direitinho o país em que a gente vive e, em especial, o Brasil de 2016 para cá.

Melhor prevenir do que remediar

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Esse fascistinha estuda no Centro Educacional Leonardo da Vinci, na Asa Norte, área nobre de Brasília, portanto, escola de gente de classe média, branca, que come bem e mora bem.

Estou pondo aqui o nome da escola, porque a matéria do Metrópoles não diz, ao contrário do que provavelmente aconteceria se o caso houvesse acontecido em uma escola pública na periferia da capital do país.

Esse pequeno nazista é reincidente, pelo que me disseram e pelo que a própria matéria informa.
Se houvesse sido expulso na primeira vez em que fez apologia à barbárie, não teria feito de novo e nem incentivado outros meliantes a fazerem o mesmo.

Exatamente o que deveria ter acontecido quando um certo deputado enalteceu publicamente um torturador que colocava ratos na vagina das presas políticas.

Se tivesse sido processado, condenado e preso, não teria virado presidente da república.

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