Essa luz da tarde seca não nos espanta:
É sempre o mesmo infortúnio
Para os olhos pesados do almoço.
Novidade também não é
O morto antigo que assunta do retrato.
Os mais novos não têm certeza
De quem foi.
Talvez tenha sido o último
A mexer nessas telhas
Por cujas rachaduras o sol se atreve.
Periga voltarmos ao século 18
Se, desavisados,
Suspirarmos fundo
Vencidos por um cochilo.