Útil e ideológico

Urna

Na eleição de 2018, comecei a campanha indeciso entre Ciro e Haddad, até que optei pelo Haddad.

Mas eis que, na véspera do 1° turno, saiu Data Folha dizendo que o Ciro era quem tinha mais condição de vencer o senhor das trevas no 2° turno, embora estivesse, como agora, em 3° nas pesquisas.

Nem pestanejei: cravei Ciro com convicção, ou melhor, com convicção útil.

Haddad foi pro 2° turno e meu voto, que era útil, voltou a ser ideológico.

Quatro anos depois, meu voto será novamente ideológico e novamente útil.

Ideológico para que o país se reencontre com a paz, com a democracia, com a tentativa de se fazer justiça social, com a preservação do meio-ambiente, com o respeito e a credibilidade internacionais.

E útil para que a eleição acabe no próximo domingo.

Meu medo mora no STF

Charge da imprensa Austríaca
Charge da imprensa Austríaca

Meu maior medo da reeleição do (des)governo que aí está mora no STF.

O Supremo não é perfeito, afinal é formado por seres humanos, mas, mal ou bem, tem posto freios nos desvarios golpistas do Executivo.

Não à toa é o principal alvo do ódio do fascista e dos fascistas que o veneram.

Se reeleito, Bolsonaro indicará, já no ano que vem, dois novos ministros para a Suprema Corte.

Se você acompanha noticiário em vez de se informar pelo grupo de zap, sabe que os dois ministros até agora indicados por ele não contrariam em nada suas vontades na hora de decidir seus votos.

O STF possui 11 ministros. Com mais dois, já será próximo da metade o número de indicados por ele, sem falar que ele tem a prerrogativa de também indicar ministros do STJ e de outros tribunais superiores.

Sentiu o perigo que corremos com sua reeleição?

Aliás, apenas mais um dos perigos.

Pense nisso no primeiro turno.

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