Daqui pra frente

soninho

Eu sei que não fará diferença alguma na vida nacional, mas vou deixar de lado essa história de escrever sobre política em meu blog e redes sociais.

Assim como fiz desde 1989, votei com convicção no Lula na eleição passada, antes de tudo para que o país não acabasse de vez, como sinalizava a possibilidade de reeleição do senhor das trevas.

Paro por aqui não por causa de ataques da horda fascista que nos fez viver nos últimos quatro anos a pior fase da história do Brasil recente, até porque esse tipo de gente é bloqueada em minha conta.

Mas vou tirar o pé, por que a intolerância de um certo eleitor de esquerda (mal-educado, grosseiro, que pede democracia, mas não sabe lidar com ela quando é contrariado) a qualquer tipo de crítica não é recomendável a quem, a caminho dos 5.5, quer ter o espírito cada vez mais leve e não remoer, sem postar, por que afinal não seria educado e democrático, um “vai pra puta que o pariu, seu babaca escroto!”.

Pra encerrar, saibam que não me arrependo em nada de meu voto e que, sim, o país está melhor, no mínimo pelo fato de haver preocupação em construir casa para pobre e levar médico nos cafundó para atender pobre, mas daqui pra frente, só literatura, Rock’n Roll, Blues & afins.

Nos falamos.

Só acho

Emoji

Penso que um jornalista que considera pacote de bondade o aumento do dinheiro para merenda escolar nunca viu de perto uma criança que vai basicamente à escola para comer, porque não tem comida em casa.

Acho que nunca entrou numa favela, numa delegacia, na emergência de um hospital público de madrugada.

Formou-se e foi direto cobrir Congresso, Palácio do Planalto.

Só acho.

O poeta que chupa laranjas

Livro Alexandre Brandão

Neném prancha, folclórico técnico de futebol de praia, dizia que Didi, um dos monstros que no passado vestiram uma outrora respeitada e temida camisa amarela, jogava bola como quem chupava laranja.

Queria dizer que Didi fazia a coisa certa, com beleza e maestria, se livrava dos adversários de modo simples, sem inventar e, consequentemente, sem se complicar.

Estou há algum tempo aqui para dizer que o Alexandre Brandão faz do mesmo jeito: escreve, muitas vezes sobre assuntos cabeludos, mas de maneira simples, sem perder, em momento algum, a elegância e a beleza.

Acho que ele escreve poesia como quem chupa laranja.

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