Neném prancha, folclórico técnico de futebol de praia, dizia que Didi, um dos monstros que no passado vestiram uma outrora respeitada e temida camisa amarela, jogava bola como quem chupava laranja.
Queria dizer que Didi fazia a coisa certa, com beleza e maestria, se livrava dos adversários de modo simples, sem inventar e, consequentemente, sem se complicar.
Estou há algum tempo aqui para dizer que o Alexandre Brandão faz do mesmo jeito: escreve, muitas vezes sobre assuntos cabeludos, mas de maneira simples, sem perder, em momento algum, a elegância e a beleza.
Acho que ele escreve poesia como quem chupa laranja.