Revisando o texto de um relatório de impacto ambiental, fico sabendo que a anta não é encontrada apenas em repartições públicas, gabinetes de governo ou mesmo exercendo cargos executivos na iniciativa privada.
A tapirus terrestres, nome que provavelmente jamais escreverei algum outro dia na vida, é encontrada na Venezuela, Bolívia, Peru, Equador, Colômbia, Guiana Francesa, Suriname, Paraguai, Argentina e, claro – não é novidade -, Brasil.
É o maior mamífero terrestre neotropical, embora eu não saiba nem tenha muita curiosidade para saber o que o termo significa. Come frutos caídos, folhas, caules tenros, brotos, pequenos ramos, plantas aquáticas, cascas de árvores e plantas aquáticas.
Mas o que me levou a escrever sobre a anta é algo para mim impensável até então. Suas fezes contêm sementes, ou seja, enquanto faz cocô, a anta espalha sementes de plantas e árvores pela natureza e, nas palavras do relatório, “desempenha papel importante nos ecossistemas em que vive, promovendo a regeneração e a manutenção de florestas”.
O que poderia soar como piada, quem sabe até um certo deboche, é, na verdade, a prova da perfeição dessa engrenagem chamada natureza.
PS: Acho fascinantes os nomes populares dos pássaros da fauna brasileira. Entre os mais de 1300 que encontrei nesse relatório, um resume a ópera: Chupa-dente-de-capuz. Haja criatividade dos caboclos que os batizaram em nossas matas.