Futebol da inversão de valores

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O técnico português Paulo Souza tomou um pé na bunda da medíocre e fascista (sim, quem apoia fascista fascista é) diretoria do Flamengo.

Sai pela porta dos fundos da história do clube mais popular do país levando R$ 7 milhões de indenização.

Enquanto isso, em milhões e milhões de casos Brasil afora, quem não está na estatística do desemprego está ralando e dando o sangue na precariedade de subempregos ou então se sujeitando à já costumeira pejotização, em que todos os deveres são do trabalhador e todos os direitos são do patrão.

Se levar um chute no traseiro, mesmo sendo trabalhador talentoso, aplicado e dedicado ganha, no máximo, um muito obrigado, e às vezes nem isso, enquanto um técnico de futebol que mal consegue fazer com que seu time chute a gol embolsa um verdadeiro prêmio de loteria, com o qual eu, por exemplo, decretaria minha aposentadoria.

Por mais que gostemos de futebol (a cada ano, gosto menos, só minha relação com o Flamengo é que mantém vivo meu interesse pelo assunto), não dá para achar normal ou aceitável uma distorção desse tipo, uma verdadeira inversão de valores, ainda mais numa terra em que 33 milhões de pessoas estão sendo goleadas pela fome.

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