Os Filmes em que Morremos de Amor

Os Filmes em que Morremos de Amor reúne 30 anos de minha produção poética. Entrei na literatura pela porta adolescente da poesia e, quando, vi, estava escrevendo prosa, lançando livros de contos, me metendo com crônicas e romance. Aí deixei os poemas de lado alguns anos, para retomar meu caminho original na década passada. Então, reparei que minha produção do século 21 dava as mãos àquilo que escrevi na ardência dos anos 80 e 90, e achei que dava para fechar um livro, meu primeiro no gênero. Que bom que a turma da Patuá achou o mesmo. Espero que você concorde com a gente. Boa leitura!

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Os filmes em que morremos de amor.

Noite de Domingo

Morre pesada

Em pratos do almoço

Ainda na pia.

Ainda insisto

Em alguma vida na casa:

Abro-fecho sites

Com os dedos no telefone

Procuro pessoas

Mas não todas:

Apenas as que me falem

De dias na praia,

De filmes em que

Morremos de amor.

Mas como a noite

Pode ser nave imensa

Que não pousa,

Desisto de buscas,

Rendo-me calado

No primeiro quarto

Que encontro.

Nos grotões da sala apagada

Sherryll Crow canta

Algo que tocava em novela,

Sem bem me lembro.

Ah, as músicas e minha

Inconformada relação

Com o tempo!

O problema

É que o CD gira sem consolo

No fim de outra noite,

Em 1995 talvez.

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