Abaixo reproduzo o e-mail enviado por Marina Mara, uma das organizadoras da Parada Poética, aqui em Brasília. Leiam, tomem pé do projeto, uma espécie de veneno contra a caretice dessa cidade e de qualquer outra.
“Olha que pertinente, minha gente…
Que vandalismo, né?
Néra não… era só fome de beleza do povo… pois foram retirados com cuidado quase cirúrgico e levados de lá. Pensando nisso, em realmente ressignificar a-parada-com-a-história-mais-triste-do-país, convido a quem estiver afim a entrar nessa empreitada.
Que tal, quando passarmos por ali, deixarmos um poema de vez em quando? E que tal mais e mais pessoas fazerem o que fizemos, colar páginas de seu livro de poemas favorito na parada para realmente compartilhar algo de bom com os outros?
Quem quiser participar é só chegar e colar com durex, grude, cola… pode ser escrito à mão, pode ser recorte, xerox, poesia visual – o importante é que esteja em constante mudança para que sua visitação seja sempre algo novo ao público. Convide seu amor a colar poemas com você e peça seu cangote em namoro lá mesmo. Chame os amigos para tocar uma viola enquanto rola a intervenção, filmem, fotografem, façam piquenique. Usem aquela praça linda, reformada e cheia de árvores e de espaços vazios de gente.
A intenção é essa, dar uma parada poética no dia para colocar um pouco de poesia em sua cidade. Minha intuição me sopra nesse momento que essa ação conjunta e contínua chamada Parada Poética seja a resposta dos brasilienses à barbárie que ocorreu ali quinze anos atrás e da forma como deveria ser – leve como é alma de índio.
Então, pegue um livro de poemas, tire a poeira dele e o compartilhe com a cidade. Além de ser um ato de ativismo sociopoético também é um programa massa. Há tempos não me divertia tanto quanto no feitio daquela intervenção.
Ah, e quando for mostrar os monumentos da cidade para alguém de fora, dê uma passada na parada poética e diga:
Brasília mesmo é assim, ó.
Tamo junto?”
http://www.marinamara.com.br/2012/04/10/parada-de-onibus-vira-monumento-a-poesia
Pois é, eu mantinha um fanzine e costumava colá-lo com durex lá no CONIC, perto da Dulcina de Moraes. Uma vez o exemplar ficou uns 3 meses colado lá. Qualquer hora dessas passarei nessa parada para fazer isso.
Sócio.Tive uma ideia.
De fato, um programa massa.
Valeu! Está à disposição!
Que blog massa, André!