Urbanidades

Calçada entre o Conic e o Conjunto Nacional, zona central de Brasília, uma hora da tarde.

O rapaz tira por um instante o saxofone da boca para descansar. Desde as dez está ali plantado, tocando. A seus pés, o chapéu espera moedas.

Uma velhinha passa e pergunta:

– Você é músico, meu filho?

Ele olha pra ela, em volta. O sol está com tudo.

– Não, minha senhora, sou açougueiro. Vai picanha aí, freguesa?

E naturalmente mostra o sax pra quem passa sem entender nada.

sax

 

açougueiro

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