O dizer não literário do sentido do amor
Talvez Rosângela Vieira Rocha tenha deliberadamente optado por um texto não literário em O Indizível Sentido do Amor (Patuá, 2017).
Se realmente optou por esse caminho, acertou.
Reconheço que eu próprio teria feito diferente, pondo no local da narradora uma personagem na terceira pessoa para me distanciar dos fatos contados nas quase duzentas páginas do livro.
Mas a opção de Rosângela é claramente pelo relato pessoal, quase como alguém que escreve uma longa carta a uma amiga íntima, contando o que foi feito de sua vida nos últimos meses.
Em alguns trechos, me senti como se estivesse ao lado dela, viajando de ônibus, de trem, enquanto ouvia atento a história bonita que minha companheira de viagem tinha a contar.
É, e tem mais isso: é bonita a história de O Indizível Sentido do Amor.
Como, aliás, são todas as histórias que falam de um amor verdadeiro e eterno.
Recomendo.