O dizer não literário do sentido do amor

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Talvez Rosângela Vieira Rocha tenha deliberadamente optado por um texto não literário em O Indizível Sentido do Amor (Patuá, 2017).

Se realmente optou por esse caminho, acertou.

Reconheço que eu próprio teria feito diferente, pondo no local da narradora uma personagem na terceira pessoa para me distanciar dos fatos contados nas quase duzentas páginas do livro.

Mas a opção de Rosângela é claramente pelo relato pessoal, quase como alguém que escreve uma longa carta a uma amiga íntima, contando o que foi feito de sua vida nos últimos meses.

Em alguns trechos, me senti como se estivesse ao lado dela, viajando de ônibus, de trem, enquanto ouvia atento a história bonita que minha companheira de viagem tinha a contar.

É, e tem mais isso: é bonita a história de O Indizível Sentido do Amor.

Como, aliás, são todas as histórias que falam de um amor verdadeiro e eterno.

Recomendo.

Duas coisas

espertinho

1. Em reunião com secretários de estado, empresário do setor da construção civil de Brasília reclama do hospital paulista que para ampliar as instalações na capital do país contratou empresa de engenharia de São Paulo.

Sugere ao secretário responsável pelo conselho de governo que autorizou a liberação do empréstimo de mais de R$ 200 milhões que em casos assim deveria haver uma cláusula para o empréstimo obrigando a quem recebe o dinheiro contratar uma empresa de Brasília. E reclama que assim o dinheiro vai circular lá em São Paulo.

Quando o assunto é política de preços ou relação com o empregado, o empresário brasileiro prega o estado mínimo, enche a boca com o discurso “moderno” de que o mercado é que deve tocar o barco e que o governo deve ficar quietinho e não meter o dedo nessa cumbuca.

Mas, dependendo de onde está seu interesse, aí o estado não deve ser tão mínimo assim, e uma pitadinha generosa de protecionismo estatal lhe cai muito bem sim senhor.

Ronaldinho

2. Não é nem o caso de lembrar que a ligação de Ronaldinho Gaúcho com a política é zero para que ele se candidate logo ao Senado, câmara alta que, pela tradição, exige maturação pessoal e política do candidato.

Também acho desnecessário questionar qual a ligação do ex-jogador com Brasília e o Distrito Federal como um todo, para que ele tenha escolhido ser nosso representante, nós, moradores do DF.

Quantas vezes ele passou pela cidade na vida?

Acho que é suficiente lembrar apenas que o eleitor que confiar a ele seu voto é tão safado e sem vergonha quanto a escória que ocupa parte das cadeiras do parlamento na atualidade.

Gentileza gera…

Marcia Luz
Marcia Luz

Trate como gentileza o que é dever do outro.
Agradeça até mesmo quando um gesto não passa de obrigação da outra pessoa, como, por exemplo, o motorista que para na faixa de pedestre.

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