A selva dos motoboys

Motoboy

A cada entrega piora a conduta dos motoboys no trânsito em Brasília.

Não há mais contramão para eles, calçada e ciclovia viraram pista e parar na faixa de pedestre, uma conquista da cidade, só se a pessoa já estiver atravessando na frente.

Ultrapassar pela direita há tempos é procedimento padrão.

A esquerda passará a mão na cabeça deles, alegando que os motoboys são explorados pelos aplicativos de entrega, como se exploração trabalhista concedesse passaporte para desrespeitar as leis do trânsito e, consequentemente, o direito dos outros.

A direita dará de ombros, desde que seu pedido seja entregue no tempo estimado.

E ninguém falará que é necessário educação no trânsito para esses rapazes, que na maioria esmagadora dos casos só parecem ter aprendido a se equilibrar na moto e colocá-la para andar como se quisessem voar.

Esse tal de aquecimento global

Foto de Rui Pizarro
Foto de Rui Pizarro

A foto em destaque é de meu amigo, o jornalista Rui Pizarro.

Mostra o amanhecer em Brasília

Pelo o que ele diz em sua postagem, foi tirada no início deste mês, abril.

É belíssima, mas me preocupa, e muito.

Se eu não dissesse o mês, mesmo quem mora aqui há vários anos seria capaz de apostar com tranquilidade que essa foto é de algum dia na virada de agosto para setembro, quando a seca na capital do país tranforma todos nós em amendoins torrados.

Embora hoje, dia 6, esteja um pouco mais fresco, o fato que há mais de uma semana um forte calor, acompanhado de ar seco, atinge a cidade, tudo muito estranho para esta época do ano, quando se já não chove mais tanto quanto no verão, ainda preserva umidade elevada e temperatura pelo menos amena.

E não é o que temos visto, ou sentido.

Mas é claro que o importante é derrubar árvore, floresta para fazer pasto e garantir a picanha pro churrasco da rapaziada, afinal, essa história de aquecimento global é coisa de comunista que quer tranformar o Brasil em Cuba.

A continuada piora de tudo

Ontem fui comprar desodorante e quando pedi o que costumo usar, a moça disse que ele havia sido “descontinuado”.

Após a pontada que senti no estômago por causa da palavra que ela usou, perguntei, só para me certificar: “Ele deixou de ser fabricado? É isso?”.

Ao que ela, desconfiada, disse sim.

Talvez eu esteja um pouco pessimista hoje, afinal, é 2ª feira de manhã, mas às vezes dá uma sensação de que esse país piora em tudo a cada dia, inclusive no jeito de as pessoas falarem.

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