Nota

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Nunca desejei a morte de ninguém (quer dizer, de 2018 para cá, não desejo a morte de QUASE NINGUÉM), mas, sinceramente, não tenho pesar algum quando, por exemplo, passam dessa pra melhor (?) uns ricaços excêntricos que pagam uma bolada para ver carcaça de navio, navio que, por sinal, gera esse frenesi todo há mais de um século porque levava outros milionários. Levasse refugiados africanos ninguém tava nem aí.

Que outros afortunados (muito afortunados, diga-se de passagem) reflitam um pouco mais no que fazer com sua grana.

Por exemplo: tem muita pesquisa por aí que precisa de financiamento e que se for aplicada pode melhorar a vida da humanidade em diversos segmentos.

Que tal investir nelas em vez de gastar dinheiro com excentricidades inúteis e ainda virar comida de peixinho no fundo do mar?

Poesia como prece 4

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Ana Maria Lopes é uma das mulheres mais elegantes que conheço (por fora e por dentro, o que é mais importante) e que leva essa elegância para a poesia que escreve.

Mas nem é isso o que mais me encanta em seu trabalho.

O que me cativa é que ela tem um olhar extremamente feminino para o mundo e os abismos de viver, o mesmo olhar que ela leva para a poesia, e que é um olhar com o qual eu, como homem, me identifico completamente.

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Questão de foco

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Quase R$2bi para construir uma escola para formar sargento.

O que faz mesmo um sargento? Alguem sabe dizer?

Que tal metade dessa bolada para formar professores? Ou médicos prepcupados com a saúde preventiva? Hein, Brasil? Que tal?

Enquanto o Brasil nâo encarar realmente suas verdadeiras necessidades, esqueçam um país melhor.

Poesia como Prece 3

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A poesia de Sidneia Simões é como aquela roseira que fica no canteiro, junto à janela do quarto: é só esticar um pouco o braço e a gente colhe uma rosa cheia de cor, suavidade, delicadeza e perfume.
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É bom lembrar que em todo caule de rosa há espinhos, mas também que a beleza das pétalas vale a dor da espetadela.
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Se não fosse em Brasília

Asa Norte, 17h45

Não morro de amores por Brasília (aliás, nos últimos anos, nem pelo resto do país).

Viver aqui para mim é muito um casamento por interesse.

Mas nem de longe acho que a construção da cidade foi um erro. Muito pelo contrário.

Não fosse Brasília, tudo aqui ao redor seria um velho oeste sem lei e abandonado pelo poder central, igual ao que era antes da capital mudar para cá (leiam Viagem à Província de Goiás , de Auguste de Saint-Hilaire) e que, em boa medida, ainda é.

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Em Brasília não há uma ilha da fantasia, mas sim gente que vive em uma ilha da fantasia.

Integra as alta esferas, por exemplo, do funcionalismo público, e entrou nele não para servir à sociedade, mas, sim, se servir do Estado única e exclusivamente para conforto próprio e seu beneplácito.

Não foi apenas uma vez que escutei por essas bandas que no Brasil não existe gente passando fome (algo repetido pelo deplorável ser que ocupou a presidência nos últimos quatro anos).

Mas esse tipo de pessoa não é artigo exclusivo de Brasília.

A ilha da fantasia existiria caso a capital fosse em outra cidade, do Rio Grande do Sul a Roraima.

Talvez só não houvesse nuvens e ipês tão belos.

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