O celular de uma de minhas filhas caiu e quebrou a tela.
É daqueles modelos baratos; custou, dois anos atrás, 700 pratas.
Há não muito tempo eu teria pego o aparelho e levado para jogar em alguns desses lugares que recolhem entulho eletrônico, reflexo condicionado de uma sociedade mercantilista que ignora, por interesse, o verbo consertar.
Dessa vez, agi diferente. Fiz um orçamento para ver se tinha jeito.
Custou pouco mais de duzentas pilas.
Teve o lado financeiro, porque, mesmo que o aparelho ainda custe 700 mangos (o que não deve custar), seria uma economia de quinhentinhos.
Para mim, que vivo do meu salário e não de lucro de ação da Petrobrás, é uma graninha que faz diferença.
Mas não é esse o ponto principal.
O principal é repensar – e muito, muito mesmo – o tal de “Ah, vale mais a pena comprar um novo do que consertar”.
Um celular consertado é menos lixo em um Planeta que, salvo engano, se a gente não consertar enquanto ainda é tempo, não haverá um novo no mercado.