Poesia como prece 5

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Quando comecei a ler os poemas do José Danilo Rangel, a impressão que tive foi a de que estava escutando alguém falar sozinho.

Sozinho e sem parar, tal o volume das palavras, das frases.

Confesso que me passou pela cabeça a imagem daqueles loucos nas praças de cidades do interior, que sobem nos bancos em frente às igrejas e fazem discursos sobre qualquer assunto, conexos ou não.

Só que na poesia do José Danilo Rangel as coisas possuem sim muita conexão; conexão com a realidade, com as dores de estarmos vivos, com a certeza da morte, com a mão de obra explorada por cada centímetro cúbico ocupado pelos donos do tal PIB.

Então, a cada poema que eu lia, eu pensava: Nossa! Como faz sentido o que esse louco aí tá dizendo.

E, além de tudo, dizendo com uma belíssima estética poética.

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