Dica: O Imperador da América, de Aguinaldo Tadeu

Não é segredo que existe um déficit histórico de conhecimento do brasileiro sobre a história do Brasil.

Certamente esse vácuo foi um dos responsáveis por levar ao poder, em 2018, o mandatário fascista, vendedor de joias e que, agora, também se revela espião.

A ignorância sobre o que foi e passou o Brasil nesses 524 anos talvez possa ser creditada, em parte, à forma monótona e oficial do ensino da história nas escolas, com a reverência à glorificação de heróis que, na verdade, não passaram de verdadeiros tiranos.

Talvez uma das formas de romper com essa chatice seja, por incrível que pareça, usar a ficção.

Exatamente. Literatura para ensinar o que aconteceu de verdade.

É isso que faz Aguinaldo Tadeu em o Imperador da América (Editora Penalux)

De maneira ágil e divertida, ele fantasia em cima de um convite que Pedro Segundo recebeu para ser presidente dos Estados Unidos.
Isto aconteceu de fato, mas talvez não tenha passado de uma brincadeira – ou de um rompante – de algum estadunidense encantado com a figura do nosso segundo imperador (é fato que

Pedro ganhou realmente a admiração dos filhos do Tio Sam no século 19.

Aguinaldo Tadeu, que já havia misturado história e ficção para contar a história da Proclamação da República (ou golpe contra a Monarquia) em A Mulher que Proclamou a República, agora volta colocando Pedro Segundo em histórias divertidas que mostram o lado comum e humano do monarca.

Acho que os professores poderiam aproveitar a oportunidade de ensinar, por meio da fantasia, o que aconteceu de verdade nesse país desde a chegada de Cabral.

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