É com o Z ou com S?

Meu nome é André Luis, embora nem eu mesmo lembre muito bem disso.

Durante toda a vida, e até hoje, fui obrigado a responder: seu nome é com Z ou com S?

Minha filha mais nova se chama Clarice. E agora, além de responder pela grafia do meu nome, tenho que deixar bem claro também: Clarice com C.

A dúvida das pessoas é filha das “desnecessidades” da Língua Portuguesa.

Qual a utilidade de Z e S desempenhando a mesma função? Precisamos de verdade de C e SS, se apenas um deixaria tudo resolvido? Decidir-se por apenas um em nada prejudicaria o uso da língua. Isso é tão certo quanto escrever criança com Ç. Pensando bem, qual a utilidade do Ç se já existe SS? E vice-versa.

A Tia Eni da primeira série diria que “ora! Há regras para a utilização dos fonemas”, mas acho que ela nunca pensou que aquilo que se ajeita simplificando dispensa regras.

O tal acordo (?) ortográfico de alguns anos atrás perdeu a oportunidade dourada de tornar nossa língua um instrumento prático de comunicação escrita, e não fonte de tormentos sem utilidade.

É que certamente foi fechado por quem não entende que ela não precisa se manter complicada para continuar bela.

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