O que interessa de verdade em uma rede social

Não me interessa se você é casado ou casada, a não ser que exista algo significativo sobre o assunto que me ajude a manter bom, melhorar ou perpetuar meu casamento. Isso se eu for casado, coisa que por si só não interessa a ninguém.

Não me interessa se você tem filhos, se você fez pipoca para eles assisitirem a algum dos chatíssimos DVD’s do Walt Dysney. O que me interessa é se você tem alguma experiência relevante com eles que eu possa usar na criação dos meus.

Perdão, mas eu não estou nem aí se você foi na pizzaria com a Pati, com a Lu, com o Léo, a não ser que você coloque aqui nesse espaço que a pizzaria é ótima, que você recomenda a pizza de jaca com presunto cru e quiabo; ou então que desaconselha qualquer um dessa rede social a aparecer por lá, mesmo com o estômago nas costas no meio da madrugada vazia.

Entendeu? Eu não quero saber se você está atolado(a) de trabalho, não me interessa se você tem dor de cabeça, ou se meteu a canela na quina do banquinho que fica no canto da sala. O que você indica para desafogar aqueles dias em que estamos até o tampo de coisa pra fazer? O que você toma/faz para a dor passar? O que é bom esfregar na topada para não ficar roxo? Aí sim, aí eu quero saber.

Não me interessa se hoje é aniversário da atriz fulana de tal. Você já viu algum filme ou peça com ela? Vale a pena? Então, conte.

Que livro você está lendo? Que CD você ouve nesse exato momento? Tudo bem, pode não ser meu estilo, mas é sempre válido saber se é bom ou ruim.

Informação só se sustenta se tiver proveito para alguém (e isso não vale só para o jornalismo). Conteúdo, mesmo que pequeno e aparentando ser besta, pode ser necessário algum dia.

3 comentários em “O que interessa de verdade em uma rede social”

  1. Por isso tenho tedio do Facebook. As pessoas me fazem peered tempo com o umbigo del as.

  2. Me fez lembrar uma conversa que tive com um amigo. Vi na minha conta do gmail que já enviei mais de 5000 mensagens. É muito fácil se comunicar: atinge-se mais gente em menos tempo. A pergunta é: estamos nos comunicando melhor?
    Gostaria de ouvir a opinião do Chacrinha sobre o feicibuqui.

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