Colega meu de profissão, jornalista de talento e experiência, observa de forma pertinente que não vale a pena o Jornal do Brasil voltar às bancas se for para fazer o mesmo feijão com arroz sem sal e sem refogado que anda sendo feito nas redações de seus antigos e agora novamente concorrentes.
O que se espera do novo JB é ao menos uma tentativa de honrar o que ele foi até a década de 80, e principalmente nas duas décadas que se seguiram à grande reforma do jornal no fim dos anos 50.
Só não concordo com meu colega quando ele diz que precisamos de um jornal de esquerda.
Jornal não é partido para ser de esquerda, centro ou direita.
A linha política de um jornal, e qualquer outro veículo de imprensa, tem que ser o interesse da sociedade, a informação sem rabo preso que ajude na construção de um país melhor do que este que moralmente cai aos pedaços.
Utopia? Não vejo outra maneira de a imprensa inspirar confiança na população.
A política de um jornal só pode ser a do “Pau que dá em Chico dá em Francisco”.