Hoje pela manhã alguém postou na rede social a capa do segundo disco da Legião Urbana, lembrando que exatamente trinta anos atrás, num dia 20 de julho (ontem, portanto), ele estava sendo lançado.
A pessoa que postou lembra o abalo que esse disco provocou e do que ele representou para toda uma geração de jovens.
Eu, que o levei pra casa na semana do lançamento, lembro bem que o LP (era assim que se chamava o vinil) mostrava que a Legião, ao contrário do R.P.M e do Ultraje a Rigor, não seria uma banda de um disco só.
O disco foi marcante não apenas pela sua qualidade, mas também por ter saído no contexto de um país que se redescobria livre para dizer o que pensava, de uma geração que, massacrada na infância pelas aulas de Moral e Cívica, de uma hora pra outra ficou sabendo que podia ir pras ruas gritar palavras de ordem.
Tudo isso estava sendo vivido intensamente naquele tempo, ao som do Dois, da Legião. E tudo aquilo que vivíamos ficaria marcado para sempre, embora não nos déssemos conta disso.
É que certamente estávamos muito ocupados tentando decorar a letra de Eduardo e Mônica.