O despreparado-mor da República tenta empurrar nos governadores a culpa pela cagada que o Covid tá fazendo em nossas vidas.
É um cínico, canalhice cabeluda, mas – é duro, dá um nó nas tripas dizer isso – em alguma medida há razão no que acusa o alucinado.
Vejamos Brasília.
Se o governador tivesse sido macho e mantido a postura que teve nas primeiras semanas da pandemia, possivelmente a cidade, mesmo que não houvesse se livrado totalmente do vírus, teria hoje condição de voltar com mais segurança ao que deve ser o normal daqui pra frente.
Mas não, abriu as pernas para associações comerciais e semelhantes, uma espécie de sanguessugas que pensam em primeiro lugar neles, em segundo lugar neles e em terceiro lugar neles.
Agora, com os números lá em cima e sem qualquer sinal de que haverá recuo no perigo real de contágio, tem bar aberto, cafeteria chiquezinha funcionando e um cabo de guerra com a Justiça para abrir escola (tudo com a anuência de uma parcela imbecil da população que acha que estamos vivendo em agosto do ano passado).
O Brasil tomou LSD e vive sua realidade lisérgica.