Política é ambiente dos cínicos e partidos políticos são território dos hipócritas.
Todos eles, em maior ou menor grau, mesmo os que possuem certa consideração e preocupação com a sociedade, distanciam seus discursos de campanha ou de tribuna (quando seus representantes são eleitos) da prática diária nos parlamentos ou palácios de governo.
Mas, no quadro atual, o tal partido Novo se supera na hipocrisia.
É o partido do banqueiro João Amoedo, candidato que, após a comprovação dos esperados desatinos do governo Bolsonaro, começou a receber tantas declarações posteriores de voto no 1º turno do ano passado, que é de se estanhar que não tenha ido para o 2º turno.
É o partido que prega o Estado mínimo, enxuto, com arrocho nos gastos públicos, mas cujo vice-governador de Minas usou bem faceiro o helicóptero do governo para sair de um SPA de luxo no último feriado.
Mesma aeronave que, 2º a imprensa mineira, é usada sem parcimônia pelo governador, como se seu partido jamais houvesse falado em contenção de gastos, em Estado administrado como empresa.
É o partido do Estado mínimo.
Mínimo para o povo pobre; máximo para a mordomia dos governantes.