Recentemente trabalhei em um ministério do Governo Federal em que uma norma interna obrigava que bolsas e mochilas fossem abertas na saída para que a segurança do prédio conferisse se nada do patrimônio público estava sendo levado.
Percebendo que o confere não passava de uma simples olhadela displicente, certa vez brinquei com um dos guardas: “pode olhar mais, não tô com pressa não”. “Isso é só pró-forma”, ele me respondeu sem muita vontade de espiar mais nada o resto da noite.
Alguns dias atrás, fiz exame admissional. O médico limitou-se a medir minha pressão e a perguntar se eu andava me sentindo bem. Sequer ouviu meus batimentos. Não chegou a dizer que aquele exame era pró-forma, mas acho que não precisava mesmo falar nada.
Parece que a verificação das normas de segurança e da capacidade de lotação das boates de Santa Maria é feita de mesma maneira: pró-forma.
Aliás, no Rio Grande do Sul todo.
Aliás, no país inteiro, como tudo que diz respeito à vida das pessoas.
É uma vergonha o nosso País! Ótimo texto, deveria ser publicado em jormnais!
ISSO É VERDADE!!! INFELIZMENTE!!! Será a vida humana pró-forma, no país dos improvisos e do jeitinho??? ;((