Para pensar depois da tragédia

Metrópoles

Certamente a hora é de solidariedade, de ajuda, de recolher doações e donativos.

Mas em algum momento depois disso será necessário pensar: o Rio Grande do Sul é um estado em que o negacionismo arregimentou a maior parte da população.

Na eleição de 2022, Bolsonaro teve mais de 56% dos votos; do primeiro para o segundo turno, ele ganhou quase meio milhão de eleitores.

Bolsonaro despreza e debocha de diversas evidências, entre elas a crise climática e o desmatamento que faz do pampa gaúcho, ecossistema típico do Rio Grande, sua maior vítima.

Pampa gaúcho é o bioma com maior alta no desmatamento (Jornal do Comércio)

Supõem-se que o gaúcho, ou quem mora no Rio Grande do Sul, que votou em Bolsonaro concorde com seu candidato.

Tomara que essa fatia superior à metade do eleitorado que foi às urnas em 2022 apoiar o negacionismo não se faça de desentendida em relação ao duro e doloroso recado (talvez já seja um ultimato) que a natureza está mandando.

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