Minha filha mais velha tinha seis meses quando tomei, provavelmente, a decisão mais acertada e sensata de minha existência.
Eram quatro horas da tarde de uma sexta-feira, 13 de fevereiro de 2004.
Tomei uma xícara de café e acendi um cigarro. Fumei-o com prazer e gosto, e em seguida disse para mim mesmo: este é o último.
A vontade de ver Maria Beatriz crescer me fez largar um vício de vinte anos (um maço por dia). Não sei se naquela sexta-feira longínqua eu não houvesse tomado essa decisão eu estaria aqui escrevendo.
Foram dois meses difíceis; o primeiro, subindo pelas paredes. Minha força de vontade era posta a prova a cada café da manhã; a cada xícara de café ao longo do dia; a cada taça de vinho; a cada cerveja. Não deixei de tomar nada disso, eu precisava me acostumar com a vida sem cigarro e manter todos os prazeres que ela me dava, só que agora, sem fumar. Tinha medo de suspendê-los temporariamente e, quando voltasse, não resistir a uma crise de abstinência.
Cada pessoa é uma pessoa, mas quando eu sentia vontade de acender um, eu mastigava cravo e bebia água, mais do que sempre bebi. A cada meia hora era uma ida ao banheiro.
Valeu a pena. Ano passado, após teste de esforço, o cardiologista me disse que minha condição física está acima da média da minha idade – 56 em maio, e me permito a vaidade de dizer isso apenas para mostrar que o cigarro é gostoso (se não fosse, ninguém fumava), mas a vida sem ele é muito melhor.
Melhor ainda dizer isso vinte anos depois.
Não sabia que havia parado de fumar. Muito bom! Com certeza, você teve, tem e terá mais qualidade de vida junto à sua família e seus amigos! Parabéns!
Que bom que você teve este insite e determinação. Sensibilidade e inteligência despertados pelo amor próprio, vindo através de sua filha.
É muito bacana ver a transformação que o amor nos trás.
E ainda é um depoimento incentivador para quem precisa parar de fumar.
Muito bom!
Você como sempre brilhante!
Parabéns Andrezinho!!! Super força de vontade!👏🏻👏🏻
Grande conquista!
Parabéns por mais essa conquista. Sei como é difícil a luta contra o cigarro. Perdi uma pessoa a quem amava muito. Sorte a nossa, seus leitores, amigos e família.
Belo relato, meu amigo. Parabéns pela força de vontade.