A poesia como prece 12: Não Nasci para quietudes, de Maria Cida Neri

O título do livro de poemas de Maria Cida Neri está bem de acordo com o que encontramos em suas páginas.

Dona de uma poesia forte e incisiva, Cida fala das e para as mulheres que sabem que têm direito ao prazer e à alegria, revelando uma narradora que passa longe do morno e do monótono, se atirando de cabeça, sem dar muita importância se o que virá será a glória ou a desilusão, pois o que interessa é a sensação do voo, do se atirar, como bem mostra neste poema abaixo, chamado Deslizes.

Mas o tom maior dessa coletânea é a confirmação do direito da mulher ao prazer sexual, sem culpa, sem julgamento, como deveria ter sido em toda a história da humanidade.

A poesia de Maria Cida Neri nos dá vontade de ir para a cama (ou para o sofá, para a mesa da sala, onde der para fazer) e, em poemas como o que segue abaixo, nos convida, como disse Drummond, a morrer de santo orgasmo.

1 comentário em “A poesia como prece 12: Não Nasci para quietudes, de Maria Cida Neri”

  1. Cláudia Martins Neri

    Você falou tudo sobre a poesia de Cida! Ela é sensual, instigante, quente e envolvente! Ler suas poesias nos leva ao delírio , imaginamos as cenas tais e quais acontecem nos nossos mais íntimos pensamentos! Nós , mulheres, podemos e queremos ter o prazer total, sem medo, nem pudores!

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